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Foto: PR/Marcos Corrêa |
Nesta quarta-feira (1º), o presidente Jair Bolsonaro concedeu uma nova entrevista ao jornalista José Luiz Datena, da TV Bandeirantes, para falar sobre a pandemia de coronavírus. Ele comentou as medidas do governo para o combate à crise e voltou a criticar o isolamento social.
Um dos assuntos que ele falou foi o auxílio financeiro que será dado a trabalhadores informais por causa da crise. A lei foi sancionada pelo presidente nesta quarta e, de acordo com o Bolsonaro, os pagamentos começarão após um decreto que irá regulamentar a lei.
– É possível isso [que os pagamentos comecem na semana que vem]. Nós estamos trabalhado e virá um decreto para regulamentar a lei. Esse decreto já está na cabeça do [ministro] Onyx e está sendo colocado no papel para publicarmos o mais rápido possível – ressaltou.
Bolsonaro também falou de um encontro que teve com pesquisadores para falar sobre a cloroquina.
– Tive reunião com dois grupos de pesquisadores. Eles falaram sobre o uso da cloroquina. Todos foram unânimes de que a cloroquina é quase uma realidade. É bastante palpável. Agora, por que não tem o remédio para isso há mais tempo? Porque o problema aconteceu agora (…) No Brasil, tivemos o primeiro caso no final de fevereiro – apontou.
Ele também foi questionado sobre a mudança de posicionamento em seu pronunciamento desta segunda-feira (31).
– Meu pronunciamento foram totalmente as minhas palavras. Eu botei no papel o que eu queria transmitir e me ajudaram a amenizar as palavras. O objetivo é o mesmo. Eu falei três vezes ontem a palavra emprego. Alguns falaram que estou preocupado com emprego e não com a vida. Em um país de desempregados, de pobres, a quantidade de pessoas que vêm a morrer por falta de renda e alimentação é enorme, muito maior do que a doença em si. O próprio diretor da OMS falou tudo aquilo que eu falei. Alguns setores da imprensa falaram que eu omiti um passagem dele. Eu não omiti nada. Ele mesmo disse que é da África, país pobre, e cada país tem sua realidade – destacou.
O presidente também voltou a defender a manutenção dos empregos no Brasil.
– Eu reconheço que suavizei nas palavras, mas quem prestar atenção em cada frase, verá que continuamos dando o recado. Se o Brasil continuar nessa forma, nesse isolamento horizontal (…) será que a população aguenta mais 30 dias sem trabalhar? Porque o empresário, o comerciante, vai ter que demitir, já que não está rendendo (…) Eu não estou defendendo a economia, como alguns falam, eu estou defendendo os empregos. O Brasil não tem como viver com uma quantidade de pessoas perdendo o emprego e o governo mantendo. Até porque, chega a um limite que não temos mais de onde tirar dinheiro ou nos endividar – explicou.
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