Segundo a UNAIDS, são 37 milhões de pessoas vivendo com o vírus HIV em todo o mundo. Esse é um número muito elevado, mas os cientistas vêm há anos trabalhando para que possamos alcançar uma vitória contra a doença que traz sérios prejuízos à saúde física e emocional dos pacientes.

Felizmente, recentemente, eles alcançaram uma surpreendente conquista, que acende uma luz de esperança tanto para a comunidade médica quanto para todos que convivem com o HIV.

Segundo publicado pelo El País, pela primeira vez, em mais de dez anos, um protótipo de vacina contra vírus chegou à fase 3 dos ensaios clínicos, a última etapa. Nesse período de experimentação, os cientistas testarão a vacina em pessoas infectadas para determinarem se ela é eficaz na proteção contra a transmissão do vírus HIV, que pode levar à AIDS por falta de tratamento.


A farmacêutica belga Janssen é a responsável pelo desenvolvimento da vacina, e utilizou um adenovírus modificado para levar até o interior das células o DNA das proteínas mais representativas do vírus, para que o organismo produza anticorpos contra elas.

Nesse caso, serão aplicadas duas vacinas. A primeira terá três proteínas e a segunda, 4. Segundo o pesquisador da Janssen, Antonio Fernandéz, ambas criam anticorpos, mas ainda resta saber se elas serão eficazes em humanos.

O ensaio dessa última fase terá duração de 24 a 36 meses, para que os especialistas possam confirmar a permanência e intensidade da proteção da vacina. Serão 3.800 voluntários no mundo.

José Moltó, um dos médicos que vão participar do teste, disse que o processo de desenvolver uma vacina contra o vírus é longo, porque o HIV tem uma “enorme variabilidade”. Isso significa que, ao ser pressionado pelas células do sistema imunológico, ele muda sua aparência externa e escapa.


A nova vacina busca combater isso indo através de variantes das proteínas do vírus, o que torna mais difícil para ela escapar dos anticorpos. A última vez em que uma vacina chegou perto de ser desenvolvida foi em 2009, mas ela evitava apenas 30% das infecções.

Os tratamentos atuais contra o HIV, por meio de comprimidos, mantêm o vírus sob controle e o reduz para que a pessoa infectada não seja capaz de transmiti-lo, mas a esperança é que uma medida mais eficaz exista, para que ele possa ser combatido com mais segurança e mais precocemente.

Agora é torcer para que os testes da fase 3 tenham resultados positivos e a vacina seja liberada o quanto antes!

O Segredo

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