O bairro do Recife, mais precisamente na Rua do Bom Jesus , está prestes a ganhar um shopping. Na verdade, não se trata de nenhum grande empreendimento comercial. O Mall Social, parceria entre o Porto Social, ONG O Novo Jeito e Transforma Brasil, em busca de uma vitrina de iniciativas sociais que têm dado certo em Pernambuco, proporcionando um espaço central, com melhor visibilidade e infraestrutura para a oferta de serviços. O investimento é de R $ 3 milhões, em parceria com a iniciativa privada, e deve já no início do mês de maio de 2021 entregar aos recifenses um novo espaço com biblioteca, auditório, espaço gourmet, cafeteria, salas de reunião, lojas colaborativas e alameda de serviços bem no coração da cidade.
“A gente chamada o prédio na Rua do Bom Jesus como doação da Prefeitura do Recife, para que não só o Porto Social está presente, mas outras iniciativas sociais do ecossistema . O objetivo é fazer com que Recife de fato continue sendo reconhecido como uma capital de impacto social. É pegar um único local para que desse prédio saia tudo relacionado a isso. O shopping tem o objetivo de potencializar a atuação de impacto social da cidade e tem também como um dos norteadores da atuação atender a comunidade do Pilar, que está no entorno ”, detalha a diretora do Porto Social, Návila Teixeira.

No prédio de quatro andares a previsão é fazer o funcionamento do espaço de coworking, salas de reunião, biblioteca, lan house, especificações, lojas colaborativas para as iniciativas sociais deertarem seus produtos. Fazendo justiça ao nome de compras, serão instaladas lojas âncoras e satélites, correspondentes aos espaços a serem ocupados por iniciativas sociais.

“Como lojas âncoras são as iniciativas mais robustas, que estão encabeçando esse prédio, que está deertando muitos serviços dentro do próprio prédio. Como lojas satélites serão iniciativas sociais que estão dentro do próprio ecossistema e tornarão poder trazer a sua sede para dentro, fazer reunião, utilizar uma casa lan, coworking e ofertar serviços, porque muitas iniciativas têm aulas sem fluxo escolar, aulas de libras, profissionalização técnica… teremos toda essa programação para atender a comunidade, sem sentido da população mais carente, mas também da sociedade como um todo ”, reforça Návila Teixeira.
Na oferta desses serviços, iniciativas como a Criativamente, da empreendedora social Laís de Jesus, 29 anos, já sonham com o local para atender a população mais pobre. “Nós damos aulas de criatividade e inteligência emocional a alunos de escolas públicas. Elas são exigidas para entrar no mercado de trabalho. E nossa ideia é capacitar esse pessoal e interligar eles às empresas e oportunidades de emprego. A pandemia não compatível que déssemos início às aulas. Para a gente é muito importante, porque nosso processo depende muito da colaboração das pessoas. Ter o shopping para trabalhar junto é muito isso ”, diz Laís.

Com a cessão do espaço pela prefeitura, feita no fim do ano passado, a reforma da estrutura está sendo bancada por empresas privadas. O projeto de recuperação desenvolvido pelo escritório de Romero Duarte Arquitetos. As obras, que devem ser iniciadas após o Carnaval, incluem troca de rede elétrica e hidráulica, orçada em R $ 3 milhões e serão totalmente bancadas pela Moura Dubeux , Celpe e Tintas Iquine. Quando em funcionamento, o custeamento das despesas também buscará no modelo de assinatura de espaços comuns recursos da iniciativa privada. A empresa interessada patrocina algum espaço do mall por período determinado e tem sua marca associada.
Na oferta de serviços e também comércio de produtos vinculados aos projetos sociais somam-se três lojas âncoras, enquanto as lojas satélites podem receber iniciativas como o projeto Amor e Esperança.
“Surgimos há 17 anos em Nova Descoberta (Zona Norte do Recife). Na região, as crianças eram usadas como aviõezinhos e morriam com tiros na cabeça. Então, trazeri a trazer as crianças para dentro da minha casa e fazer contação de histórias. Hoje em dia damos aulas de reforço, geração de renda para mulheres e cursos de qualificação para jovens ”, conta a CEO do projeto, Nadjane Santos (tia Jane), de 52 anos.

Ter um espaço físico no Centro da cidade significa reduzir o peso do aluguel pago pela sede e liberar mais espaço em caixa para o projeto. “Durante uma pandemia saímos de 70 para 1 mil famílias atendidas no Grande Recife e interior do Estado. Isso vai trazer visibilidade. Uma das fontes de renda do projeto é a venda de alimentos e artesanato. Já traduz o quanto elas vão poder aqui expor seu produto e vê-lo valorizado? ”, Imagina tia Jane.

O shopping social também será fundamental para Alcinesio Santana, 34 anos, tirar do papel o sonho da loja colaborativa do projeto Cabe Mais Um, que atua no bairro da Várzea (UR-7) apoiando o desenvolvimento de ações sociais e projetos locais de empreendedorismo.
“Trabalhamos com microempreendedores da comunidade, com feiras, cursos e palestras para que eles cresçam como empresa, fortalecendo a economia local. Em média já ajudamos umas 100 empresas. O espaço dá poder. É um projeto nosso uma loja colaborativa, porque hoje trabalhamos virtualmente. ”.










JC
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