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FOTO: REPRODUÇÃO / INSTAGRAM |
Para Gildo Brito, amigo da vítima e presidente da quadrilha Tradição, na qual Lorena faz parte há um ano e dois meses, o desejo agora é de justiça. "A família está muito triste, foi bem difícil para todos", comentou. "Houve muita imprudência. Como que deixam uma pessoa sedada, vão embora e deixam um ser humano lá? Independente de quem fosse. Isso foi muita irresponsabilidade", completou.
Gildo afirmou que, nos encontros da quadrilha, Lorena sempre era muito simpática. "Ela é do movimento quadrilha há um tempo. Lorena sempre foi simpática e carinhosa com todo o mundo. Sempre elogiava as meninas, dizendo que elas estavam bonitas", relembrou.
Relembre o caso
O médico da pernambucana transexual Lorena Muniz, 25 anos, aponta que a morte dela, no domingo (21), pode ter sido causado por inalação de fumaça tóxica durante o incêndio que ocorreu em uma clínica particular em São Paulo. O documento foi criado pelo G1. Ela estava sedada na unidade, na última quarta-feira (17), para realizar o procedimento de implante de seios quando o fogo começou. O corpo de Lorena ainda não chegou ao Recife. A família autorizou a doação dos órgãos da vítima.
Com a intoxicação, a vítima teria ficado sem oxigenação no cérebro e teve uma parada cardiorrespiratória por 17 minutos. Ela teve o nariz e uma das orelhas queimadas. A morte cerebral da paciente foi confirmada cinco dias depois, no domingo (21), pelo Hospital das Clínicas, unidade para onde ela foi socorrida.
A Polícia Civil ainda aguarda, entretanto, o resultado do laudo do Instituto Médico Legal (IML) com a causa oficial da morte para incluir no inquérito que investiga a morte de Lorena como incêndio e homicídio culposo, no qual não há intenção de matar.
Uma família denuncia que um paciente foi deixada para trás durante a evacuação do local, ficando exposta a grandes quantidades de fumaça. A jovem só teria sido socorrida com a chegada do Corpo de Bombeiros, que a levou até o Hospital das Clínicas.
À imprensa, a defesa da clínica afirmou que a paciente não ficou desassistida durante o incêndio. "Havia dois auxiliares de enfermagem que tentaram retirar a paciente, mas na esquina vinha vindo uma viatura e ela já interviu para que eles não entrassem lá e aguardassem o Corpo de Bombeiros", disse ao G1 o advogado Daniel Santana Bassani.
"Nós tentamos de tudo para retirar a paciente, mas os policiais militares, de forma coerente, não permitiram que fosse retirada por pessoas que não tinham capacidade para isso. Os bombeiros entraram e retiraram", acrescentou.
JC
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