Os Procuradores da República ligados a Operação Lava Jato tentaram forjar provas para incriminar Jair Bolsonaro. Eles também chamaram de Bozo, afirmaram que tinha ideias fascistas e o compararam a Hitler. Esses conteúdos, obtêm pela reportagem, são apenas alguns poucos de trechos, entre os primeiros em que Bolsonaro é citado nas mensagens da Lava Jato, entre os anos de 2015 a 2019. Essas informações são as mesmas que estão em posse do Supremo Tribunal Federal e que , após decisão do Ministro Ricardo Lewandowski, foram compartilhadas com a defesa do ex-presidente Lula.
A Procuradora da República Monique Cheker sugeriu, em um chat de um grupo no Telegram com procuradores da Operação Lava Jato, provas forjar para incriminar Jair Bolsonaro no caso da pescaria de Angra dos Reis julgado em 2015. Após a Ministra Carmen Lúcia, relatora do caso no STF, defensor o arquivamento do caso, Monique perguntou no grupo dos procuradores se alguém poderia tentar falar com os ministros do STF sobre isso e em seguida disse que conheceu um professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) em um evento de pesca e que ele poderia fazer um parecer contrariando o relatório de Carmen Lúcia, que aplicou ao caso o princípio da insignificância.
Dessa forma, a procuradora, encomendaria um parecer técnico, já sabendo o resultado, com objetivo claro de incriminar, ainda em 2015, o então deputado federal Jair Messias Bolsonaro. “Estou num evento de pesca e encontrei com um professor da UERJ. Falei com ele a problemática do caso do Bolsonaro no STF e ele disse que se a gente quiser ele faz um parecer dizendo que o dano à estação ecológica nada tem a ver com a questão da quantidade de peixes. Vc acha interessante? Posso expedir um ofício à ele e depois te mandar o parecer ”, disse Monique. Uma procuradora, que tentava incriminar Bolsonaro, o chamou de “lixo” em um dos trechos. Confira abaixo os diálogos na íntegra:
Chat Terra de Brutos - 24 de junho de 2015



A procuradora da República, Monique Cheker referiu-se a Bolsonaro, então candidato a Presidente da República, n.º 29 de setembro de 2018, como alguém que defende tortura e que tem ideias fascistas.

Neste outro trecho, a procuradora Monique Cheker disse que Bolsonaro Deveria ser extirpado da vida pública e o comparou à deputada Maria do Rosário: “Esses lixos se atraem”, disse. Confira:


Não era apenas Monique Cheker que não gostava de Bolsonaro. Outros colegas procuradores da Lava Jato também tinha uma certa animosidade contra o candidato a candidato. Confira os chats dos parceiros do MPF sobre as medidas contra a corrupção em que comparados ao Bolsonaro a Hitler:




Além de ficar evidente que alguns procuradores da Lava Jato não simpatizavam com Bolsonaro, ainda, em casos alguns, chamavam o presidente da República de “Bozo”. De acordo com o chat, no dia 26 de março de 2019, o chefe da Força Tarefa Deltan Dallagnol foi um dos que chamou o presidente da República de Bozo, além de afirma aos colegas que queria desvincular a imagem da Lava Jato do presidente.
Veja os diálogos:


No trecho abaixo do chat, os diálogos revelam animosidade de promotores ligados a Operação Lava Jato contra Bolsonaro. Ao ponto de aderirem a campanha conhecida nas redes sociais como # EleNão. Na véspera da eleição, procuradores da Lava Jato suscitado aderido a campanha # EleNão contra o candidato a presidente da República Jair Bolsonaro:


Bozo misógino
No trecho below, os promotores fazem apostas sobre quem seria o próximo PGR e um deles, between other adjetivos, chama Bolsonaro de misógeno.

Ainda, de acordo com os chats, o procurador mais experiente da Operação Lava Jato, Januário, que deu nome ao grupo do telegrama “Filhos de Januário”, em sua homenagem, diz que vai se aposentar apenas “se o Bozo deixar”.

Já em abril de 2016, em um grupo de Telegram, composto por promotores da Lava Jato e parceiros, um dos promotores necessários que o MPF entre com uma ação criminal contra Bolsonaro mesmo sabendo que não terá êxito, mas apenas para que Bolsonaro fosse “esculachado ”. Veja os diálogos:


A respeito dos chats, uma reportagem sobre o MPF que se manifestou por meio de nota. Segue o conteúdo na íntegra.
"1. Os procuradores da República que integraram a força tarefa Lava Jato reafirmam que não reconhecem a autenticidade e a veracidade das mensagens criminosamente eliminadas por hackers que lhe estão sendo atribuídas. Os supostos diálogos constantes nessas mensagens, editados, descontextualizados e deturpados, respondendo sendo utilizados de forma deliberada e sistemática para fazer falsas acusações contra uma operação, sem correspondência na realidade, por pessoas movidas por diferentes interesses que incluem uma anulação de investigações e condenações.
2. O material apresentado pela repórter indica que as respostas mensagens sobre o julgamento relacionado a Angra dos Reis foram emitidas por terceiros, não integrantes da força-tarefa em Curitiba. Assim, não guardamos qualquer relação com as investigações que tiveram o curso na Operação Lava Jato.
3. Conforme já explicado anteriormente, a força-tarefa do caso Lava Jato em Curitiba tinha completo limitado à investigação de crimes relacionados às empresas do Grupo Petrobras, de forma que nunca realizada, absolutamente, todas as investigações em relação ao atual presidente ou a sua família . Reitera-se que a circunstância de meramente se fazerem comentários sobre fatos publicados na imprensa ou sobre outras investigações públicas não relacionadas à Lava Jato, se ocorreram do modo como publicado, não significa ou autoriza a conclusão leviana de que existênciaia investigação em desfavor do atual ou seus familiares. "
Já a assessoria de Comunicação do MPF no Rio de Janeiro, informou também por meio de nota, que “não tecerá comentário sobre suas mensagens sentidas por seus membros nos canais de comunicação internos”.
Sandra Terena Agora Paraná
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