 |
Ex-governador do Rio de Janeiro, WIlson Witzel Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado |
Ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro, o governador cassado do Rio Wilson Witzel iniciou seu depoimento à CPI com forte artilharia contra o presidente da República e a atuação do governo federal na pandemia do coronavírus. Rompido com a família Bolsonaro, Witzel depositou na administração federal a culpa pelos mais de 490 mil mortos pela Covid-19.O ex-governador também afirmou que a gestão Bolsonaro criou uma narrativa para fragilizar os chefes locais em razão da adoção de medidas de distanciamento social.
– Como tem um país em que presidente da República não dialoga com governador? Ele deixou governadores à mercê. Único responsável pelas mortes tem nome e endereço e tem que ser responsabilidade, aqui e no tribunal penal internacional pelos fatos – disse Witzel, nesta quarta-feira (16).
– O governo federal, para poder se livrar das consequências do que viria com a pandemia criou uma narrativa, pensada, estrategicamente pensada, os governos estaduais ficaram em situação de fragilidade. O que ficou claro que a narrativa construída foi para colocar os governadores em situação de fragilidade porque eles tomaram as medidas de isolamento social, e isso tem repercussões econômicas – afirmou Witzel, que foi alvo de impeachment por acusação de corrupção na Saúde durante a pandemia, motivo pelo qual foi chamado a depor na CPI.
Postar um comentário