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Ricardo Patrick Vieira foi preso em São Gonçalo Foto: Reprodução |
A tecnologia criada para facilitar a vida de usuários de contas bancárias está sendo usada por criminosos para exigir o pagamento de resgates. Somente na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, foram reportados seis casos nos últimos dois meses.No último fim de semana, um arquiteto cuja identidade não foi revelada, foi abordado por dois homens na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. Os criminosos entraram em seu carro, exigiram a transferência de R$ 1.200, por meio de PIX, enquanto apontavam uma arma para a sua cabeça. O arquiteto de 28 anos teve que dirigir por dez minutos sob ameaça.
No mesmo bairro, uma moradora foi abordada na rua de casa, e fora obrigada a pedir ao marido para fazer uma transferência urgente de R$ 2.500.
– Foi tão agressivo que estou em pânico de sair à rua depois disso – relatou.
Nesta terça-feira (20), uma família com quatro pessoas também foi vítima da nova modalidade de crime em Maricá, Região dos Lagos do Rio. Quatro homens armados abordaram o carro da família e anunciaram o sequestro. Além da exigência do Pix, os bandidos levaram pertences da família, incluindo o carro, um Hilux.
Também nesta terça-feira (20), Ricardo Patrick Vieira dos Santos foi levado à Delegacia Antissequestro (DAS) de São Gonçalo, suspeito de aplicar o golpe na região e contratar altos empréstimos com as contas bancárias das vítimas.
O delegado Claudio Góis, que comanda a Delegacia Antissequestro (DAS), admite que a facilidade do PIX beneficia a atuação das quadrilhas. No entanto, ele faz uma ressalva: as transferências deixam rastros. É possível identificar o destinatário que recebe os valores, e ele pode ser acusado pelo crime.
– Mesmo que uma pessoa tenha aceitado receber de boa-fé a transferência, ela poderá indicar quem pediu para usar a conta dela – advertiu o delegado.
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