Presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Arthur Lira, disse nesta quarta-feira (4) que a urna eletrônica é confiável, mas afirmou que uma parte da população tem dúvidas sobre o sistema e que este é um fator é importante.

– Estou no oitavo mandato, [com] seis mandatos eleito pela urna eletrônica. O sistema brasileiro é confiável e não há o que dizer a respeito dele (…) Mas uma grande parcela da população coloca dúvidas sobre o resultado do pleito e não é conveniente para qualquer um que seja eleito, nem deputado federal, senador, governador ou presidente da República, o cargo mais relevante do nosso país, ter uma eleição contestada – afirmou Lira, em entrevista à CNN.

O deputado disse que o Parlamento é o fórum adequado para uma decisão sobre o caso.

– Se nós pudermos achar uma maneira adequada de fazer com que essas versões sejam esclarecidas, eu acho que o Parlamento é o fórum específico. Aqui todas as matérias tramitam democraticamente e são aprovadas ou rejeitadas. Mas se a gente pudesse chegar a um ponto de autocontenção dos poderes e achar uma saída que sirva para todos seria o ideal – defendeu.

A comissão especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna o voto impresso auditável obrigatório deve se reunir às 14h desta quinta-feira (5). O novo parecer do relator, deputado Filipe Barros, foi protocolado nesta quarta. O texto tem um dispositivo para reduzir o poder do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas investigações sobre processos de votação e outro para permitir que eleitores possam acompanhar a contagem manual dos votos na seção eleitoral.

Caso seja aprovado, vai ao plenário da Casa onde, para seguir para o Senado, precisa do apoio em dois turnos de três quintos dos parlamentares (mínimo de 308 votos favoráveis). Uma outra PEC com o mesmo teor foi aprovada há anos pela Câmara, mas nunca foi votada pelos senadores.

Também nesta quarta, em entrevista a uma rádio de Natal, Rio Grande do Norte, o presidente Jair Bolsonaro disse ter o apoio de Lira para aprovar o voto impresso auditável na Câmara.

 


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