Ciro Gomes em ato contra o presidente Jair Bolsonaro Foto: Reprodução/Instagram

 O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) minimizou os ataques que sofreu após discursar na Avenida Paulista no ato que pedia o impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro, neste sábado (2). Ele era o único já declarado pré-candidato ao pleito de 2022 presente no evento, articulado por nove partidos.

– Não vamos dar importância ao que aconteceu ontem. Nosso inimigo é o Bolsonaro. Precisamos proteger nossa democracia. Nós vamos precisar de todo mundo – afirmou em coletiva no período da tarde deste domingo (3).

Ciro propôs à militância que não dê relevância ao que ‘não tem centralidade’.

– As diferenças com o PT serão cada vez mais profundas e insuperáveis, mas proponho à militância (do PDT) uma ampla trégua – disse.

Ele comparou a situação do sábado com a participação no protesto promovido pelo Movimento Brasil Livre (MBL), no último dia 12 de setembro.

– Precisamos da mobilização de todos. Foi com esse espírito que aceitei o convite do MBL. Não superamos nossas diferenças e não fomos tomar cerveja depois do ato.

Depois da participação no ato, o carro em que estavam Gomes e o presidente nacional do PDT, Antonio Lupi, foi atingido por garrafas e pedaços de pau.

Segundo Lupi, os autores do ataque eram militantes com camisas do Partido dos Trabalhadores (PT). Nas redes sociais, ainda no sábado, ele classificou a tentativa de agressão como “infantil, anti-democrática e perigosa”.

– Fui ministro de Lula e Dilma, mas tenho o direito de construir uma alternativa com Ciro Gomes – escreveu.

Antes, na Paulista, o discurso do ex-governador cearense foi recebido com vaias e aplausos, além de gritos de “Lula” e arremesso de objetos.

Em cima do trio elétrico que também recebeu Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (Psol), Gomes disse que “O povo brasileiro é muito maior que o fascismo de vermelho ou de verde e amarelo.”

Antes, o pedetista havia sido criticado na fala das lideranças do Partido da Causa Operária (PCO), também organizador do protesto.

Outros candidatos da última eleição presidencial, como Guilherme Boulos e Marina Silva (Rede), manifestaram repúdio aos ataques e prestaram solidariedade a Gomes.

Carta assinada pelos presidentes de entidades sindicais também criticou a hostilidade.

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