Linguagem neutra Foto: Pixabay // Arte: Pleno.News

 

Os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems ) aprovaram em segunda votação, Projeto de Lei que proíbe o uso de linguagem neutra nas instituições de ensino, bancas examinadoras de seleções e concursos públicos.

A votação se deu na última semana, e proposta seguiu para sanção ou veto do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

De autoria do deputado Márcio Fernandes (MDB), o PL recebeu ao todo, 14 votos favoráveis e apenas um contrário, do deputado Pedro Kemp (PT), que alegou não ser uma atribuição da Casa legislar sobre normas de linguagem.

– A língua é viva, é do povo – pontuou Kemp.

O deputado Amarildo Cruz, também do PT, não chegou a participar da votação, mas registrou que seu voto seria contrário ao projeto.

Na prática, o Projeto de Lei 212/2021, determina o uso da norma culta nas escolas e concursos, proibindo, consequentemente, o emprego de linguagem neutra ou inclusiva. Para o deputado Márcio Fernandes, há outras prioridades a serem discutidas no aspecto social, mas ponderou que o assunto não poderia ser deixado de lado.

– Pode parecer estranho ter uma lei só para obrigar as escolas a ensinarem o que é certo, mas já tem gente querendo impor a linguagem neutra em todo lugar, sem debater com a sociedade e nem mesmo decidir entre eles se vai ser ‘todes’, ‘todxs’ ou ‘tod@s’ – argumentou o parlamentar.

Ele também defende que “inclusão” abrange outras minorias, para além do público LGBTQIA+.

– E para discutir inclusão, ainda temos muitas outras prioridades, como ter cardápios em braile, atendimento em libras, rampas de acesso nos estabelecimentos, entre outros. Eu continuo acreditando que o preconceito está nas pessoas, e não na linguagem – defendeu.

Na linguagem neutra, vogais a e o são geralmente substituídas por “e” ou “x”, como por exemplo, todas e todos são substituídas por “todes” e “todx”, que não são nem masculinas e nem femininas.

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