Imprensa no local onde o jornalista foi assassinado Foto: EFE/José Luis de la Cruz

 

O jornalista mexicano Fredid Román foi assassinado nesta segunda-feira (22), em Chilpancingo, capital do estado de Guerrero, no sul do México. O atentado é o 15 º assassinato de jornalistas que ocorre no país em 2022. Román foi alvo de disparos dentro de seu carro.

Segundo informações da Polícia Estadual, o jornalista já estava morto quando os socorristas da Cruz Vermelha chegaram ao local do crime. Os ferimentos das balas atingiram diferentes partes do corpo.

– Os serviços especializados se deslocaram ao local dos acontecimentos para realizar os atos de investigação, o que permitirá obter as provas necessárias para esclarecer os fatos – informou o Ministério Público Geral do Estado (FGE) de Guerrero

As autoridades investigam os responsáveis pelo “homicídio por arma de fogo”. Román escrevia a coluna La Realidad Escrito com circulação na mídia local. Antes, ele foi o fundador do extinto jornal impresso La Realidade; também dirigiu o periódico Expresión Popular e colaborou em diferentes mídias na capital de Guerrero.

A FGE apontou que uma das possíveis linhas de investigação pode estar relacionada com o assassinato do filho de Román, ocorrido na cidade de Ocotito, Guerrero, em 1º de julho, o que não teria relação direta com o trabalho jornalístico.

Fredid Román Foto: Reprodução/YouTube

Embora Román não tocasse em questões de violência, há poucos dias o colunista foi ao Ministério Público exigir justiça pelo assassinato do familiar, disse a Associação dos Jornalistas de Guerrero.

– Exigimos que o procurador-geral de Guerrero inicie prontamente a investigação do homicídio, bem como um suposto vazamento da exigência de justiça que o nosso colega fez perante a FGE – declarou o comunicado.

O Ministério Público Geral de Guerrero sustentou, porém, que “realiza a investigação e o acompanhamento para esclarecer os fatos, para aplicar a lei aos responsáveis por diversos crimes”. Com o assassinato de Fredid Román, há 16 jornalistas mortos em Guerrero desde 2000. É o segundo homicídio no atual governo estadual.

Recentemente, o representante adjunto do escritório mexicano do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos (UN-DH) alertou que “o número de assassinatos de jornalistas registrados no México é motivo de preocupação”.

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