Donald Trump, ex-presidente dos EUA Foto: EFE/EPA/Al Drago

 

Os eleitores dos Estados Unidos vão às urnas nesta terça-feira (8) para decidir qual partido vai controlar o Senado e a Câmara do país pelos próximos dois anos. O pleito tem uma importância política enorme, pois definirá como será a governabilidade do presidente Joe Biden na segunda metade de sua administração. De um lado está o Partido Democrata, de Biden, e do outro o Republicano, que tem no ex-presidente Donald Trump seu principal expoente.

Estão em disputa nas chamadas midterm elections (eleições de meio de mandato, na tradução literal) todas as 435 cadeiras da Câmara dos Representantes e 35 dos 100 lugares do Senado. Além disso, 36 estados e três territórios norte-americanos também elegerão governadores. No sistema político estadunidense, a Câmara é renovada por completo a cada dois anos.

Atualmente, o Partido Democrata tem uma pequena vantagem na Câmara, com 220 assentos. Os republicanos, por sua vez, têm 212. Outras três vagas estão desocupadas por renúncia ou morte de congressistas. No entanto, pesquisas apontam que a tendência é que o Partido Republicano assuma o controle da Casa.

Já no Senado, de acordo com veículos de imprensa do país, a situação está indefinida e não há certeza sobre quem vencerá a disputa pela maioria. Atualmente, cada partido tem 50 parlamentares, mas em caso de igualdade a definição é feita pelo vice-presidente do país – atualmente Kamala Harris – que também ocupa o cargo de presidente do Senado.

Os mandatos dos senadores nos Estados Unidos têm duração de seis anos e a cada biênio é renovado um terço dos assentos da Casa. Cada estado tem direito a dois lugares, independentemente do tamanho populacional.

De acordo com uma pesquisa da emissora ABC News com o jornal Washington Post, a alta inflação, o direito ao aborto e a corrosão da democracia são os temas mais importantes do atual pleito estadunidense. Caso perca a maioria no Congresso, Biden deve ter dificuldades para implantar medidas prioritárias em seu governo, como a lei para regular diretrizes dos direitos reprodutivos.

Outra medida que deve ser afetada é o apoio militar e financeiro à Ucrânia, que tem perdido adesão entre os republicanos à medida que a guerra contra a Rússia se estende para o oitavo mês. Se também assegurar maioria no Senado, o Partido Republicano ainda será capaz de obstruir indicações de Biden para a Suprema Corte. Hoje, a maioria do tribunal tem orientação conservadora.

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