Nesta quinta-feira, 1º, Lula confirmou a indicação de Zanin para o STF | Foto: Ton Molina/FotoArena/Estadão Conteúdo |
A escolha do advogado Cristiano Zanin para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) segue repercutindo negativamente. Em editorial publicado neste sábado, 3, o jornal O Estado de S. Paulo criticou a indicação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para contestar a decisão do petista, que teve Zanin como advogado em casos envolvendo a Operação Lava Jato, a publicação lembrou de afirmação registrada pelo próprio Lula durante a campanha eleitoral do ano passado. Na ocasião, o então candidato à Presidência da República marcou posição contrária sobre indicações de pessoas próximas para a Corte.
“Estou convencido que tentar mexer na Suprema Corte para colocar amigo, para colocar companheiro, para colocar partidário, é um atraso”, disse Lula, durante debate eleitoral, lembra o Estadão. O editorial do jornal pode ser lido na íntegra aqui.
No texto, que marca a opinião do jornal, a capacidade do ex-advogado do petista para ocupar uma das cadeiras do STF também é questionada. “O ‘notório saber jurídico’ que Zanin demonstrou, conforme exigência constitucional para o preenchimento do cargo de ministro do Supremo, foi ter usado todos os instrumentos legais à sua disposição não para defender objetivamente seu cliente das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro que o levaram à cadeia, e sim para fazer de Lula um mártir.”
Além disso, a publicação ressalta o tom vingativo do presidente da República com tal escolha. “Colocar Zanin no Supremo é, portanto, e com o perdão do trocadilho, a suprema vingança de Lula contra aqueles que ele enxerga como seus algozes.”
Lula e a bancada da toga

A indicação de Zanin para o STF e a proximidade de Lula com o Poder Judiciário estão em destaque na reportagem “Bancada da toga”. Assinado por Silvio Navarro e Rute Moraes, o material foi publicado na Edição 167 da Revista Oeste.
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