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| Candidato da esquerda a presidência da Argentina vêm ao Brasil em busca de apoio de Lula e linha de crédito | Foto: Divulgação/X |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem reunião com o candidato da esquerda peronista à presidência da Argentina, Sergio Massa, na tarde desta segunda-feira 28. Esse é o primeiro dia de atividades do petista em solo brasileiro depois de uma semana na África.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também se encontrará com Massa, que, além de candidato a presidente, é o atual ministro da Economia. No encontro marcado para as 14 horas de hoje, eles devem discutir novos financiamentos ao comércio bilateral entre os dois países.
A reunião também reforça o apoio de Lula ao presidente argentino Alberto Fernández e à ala peronista a manter seu grupo político no poder. O esforço vem em momento delicado para a esquerda no país depois da vitória do candidato libertário, Javier Milei, nas eleições primárias da Argentina.
Ministro da Economia e candidato a presidente, Massa tem a expectativa de que, com as reuniões de hoje, poderá contar com uma linha de crédito para financiar as exportações brasileiras à Argentina.
Haddad anunciou na quarta-feira, 23, uma proposta formal à Argentina para que a garantia das exportações brasileiras ao país vizinho seja feita em yuan, a moeda chinesa.
“Encaminhamos para o governo argentino uma proposta de garantia em yuan das exportações brasileiras”, disse o ministro da Fazenda, segundo informações do site Poder 360. “Uma garantia com o Banco do Brasil de fazer o câmbio para o real. Para os exportadores brasileiros é uma coisa boa. Será uma boa notícia se a Argentina concordar.”
A “ameaça” Milei ao candidato do peronismo à presidência da Argentina
As eleições primárias da Argentina ocorreram no início de agosto, e a vitória foi do candidato de direita Javier Milei, com 30% dos votos apurados. A coalização de centro-direita Juntos por el Cambio ficou em segundo lugar, com 28%. O candidato da esquerda, Sergio Massa, da coalizão do presidente Alberto Fernández e da vice-presidente Cristina Kirchner, obteve 27% dos votos válidos.
Diante do cenário de economia arrasada, o governo de Fernández decidiu não disputar a reeleição e busca reforçar a aproximação com Lula em um momento em que a capital, Buenos Aires, passa por uma onda de saques a estabelecimentos comerciais.
As eleições da Argentina irão ocorrer no dia 22 de outubro e também servirão para decidir novas cadeiras no Senado e na Câmara dos Deputados do Congresso Nacional.
Oeste
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