O ditador cubano, Díaz-Canel, e Lula se encontraram em janeiro, na Argentina | Foto: Ricardo Stuckert/Twitter/Lula

 

O presidente Lula vai para Cuba em 15 de setembro. A agenda oficial no país da América Central ainda não foi divulgada, mas o petista deve se encontrar com o ditador comunista Miguel Díaz-Canel, que está no cargo desde 2021, como sucessor de Raúl Castro, irmão de Fidel.

Desde que tomou posse, Lula se encontrou com o ditador cubano ao menos duas vezes. Em 24 de janeiro, os dois se encontraram na Argentina, durante reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Na ocasião, o presidente brasileiro falou em “restabelecer as relações diplomáticas no mundo”.

O segundo encontro foi em Paris, em junho, e “marcou a retomada do diálogo com Cuba”, segundo o governo Lula. Cuba deu calote no Brasil em mais de US$ 600 milhões. Durante os governos de Lula e Dilma, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) emprestou dinheiro para a ditadura cubana fazer obras de infraestrutura, como o Porto de Mariel, mas nunca pagou as parcelas do empréstimo.

Já o governo de Bolsonaro cortou relações com ditaduras comunistas, como Cuba e a Venezuela. Porém, Lula, amigo dos ditadores, vem restabelecendo o contato e as negociações internacionais.

Há duas semanas, o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, se reuniu com Díaz-Canel em Havana e entregou ao ditador uma carta de Lula. “Queremos que seja uma relação exemplar, de grande amizade”, disse Amorim, durante o encontro em Havana, que durou uma hora.

No Twitter, Díaz-Canel escreveu que teve “um agradável encontro” e que Cuba quer viabilizar acordos bilaterais com o Brasil. “Ratificamos nossa disposição de avançar em setores prioritários e com oportunidades para o desenvolvimento das relações bilaterais em benefício de ambos os povos.”

Depois de Cuba, Lula vai à Assembleia Geral da ONU, em Nova York

Lula Cuba
Díaz-Canel e Lula em Paris | Foto: Ricardo Stuckert/PR

A visita a Cuba precede a ida de Lula a Nova York, onde participa da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), entre 16 e 22 de setembro. Por tradição, o Brasil é o país que faz a conferência de abertura.

Sob o governo de Lula, o Brasil tem defendido, em órgãos internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), em conjunto com governos comunistas da América do Sul, o fim do embargo norte-americano a Cuba.

Nos mandatos anteriores de Lula e no período de Dilma Rousseff, o Brasil sempre votou, na ONU, pelo fim do embargo. Com o governo Bolsonaro, o Brasil passou a votar contra, assim como Estados Unidos e Israel.

Antes, porém, de Cuba e Estados Unidos, o presidente ficará na Índia entre 7 e 11 de setembro. No país asiática, Lula participa do encontro do G20, grupo de países em desenvolvimento.

Oeste

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