No início de agosto vazaram conversas de um grupo privado de Whats-App de prefeitos da Bahia, nos áudios que viralizaram nas redes sociais, os gestores de três cidades detonam o governo Lula por conta da queda e do corte de receitas destinadas ao município, a maioria dos prefeitos, afirmam que fizeram campanha para o presidente Lula (PT) e até chegaram a declarar que: "Com Bolsonaro, a gente não passou tanta dificuldade".
O primeiro a se pronunciar foi o prefeito de Itabela, "Luciano Francisqueto" que falou que só vê as receitas despencando. "Eu só vejo cair receita, cair receita, e todo mundo fica quieto?", "Não tenho nada contra o Governador Jerônimo fiz campanha para ele agora o governo de Lula está deixando a desejar meu irmão", "Os repasses da educação caiu, o repasse dos royalties, tá caindo tudo, o FPM caiu", "Esse governo federal está acabando com os municípios", "Deve ser chamado de "Governo mata prefeito", "tá levando tudo pra Brasília e a gente aqui fica levando cacete da população".
O prefeito de Itapebi Juarez Oliveira, também soltou o verbo contra Lula, "O povo falava do Governo Bolsonaro mas nunca cortou, não cortava as coisas dos prefeitos não, nos votamos em Lula, aqui ele teve 78% dos votos na cidade", "e nós estamos com pires na mão pedindo esmola ao governo Lula porque estamos lascados","O governo de Lula quer fechar as prefeituras" afirmou o prefeito.
A prefeita de Guaratinga, Marlene Dantas também entrou no grupo e afirmou que estava envergonhada de ter votado em Lula, "A carga só cai para cima dos prefeitos","Querem acabar com as prefeituras pequenas sabendo que a Bahia foi a que mais deu voto pro presidente Lula", "Cortando Bolsa Família das pessoas, não fez nada pelos aposentados", "isso uma é falta de vergonha o que Lula está fazendo", "no governo Bolsonaro não era esta cachorrada não".
Um outro vídeo também viralizou nas redes e foi até compartilhado pelo presidente Jair Bolsonaro, em que o prefeito do município paraibano de Remígio, André Alves, disse que sua cidade enfrenta dificuldades financeiras desde a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2022. O político apoiou o candidato petista na disputa eleitoral do ano passado, e afirmou "Com Bolsonaro, não passamos tanta dificuldade", "O dinheiro era certo. Muito mais do que está vindo hoje. Não fui eleitor do , mas não posso negar. O governo Lula não gosta muito dos municípios. Os recursos estão caindo a cada dia.".
Os prefeitos que apoiaram o presidente Lula estão vivendo um dilema, já que 2024 é ano de eleição e muitos gestores que buscam a releição estão sofrendo com a crise na arrecadação que já tem prejudicado os gestores com a opinião pública, assim muitos prefeitos já tem afirmado publicamente que a "Culpa é do Lula", pois temem que isso cause prejuízos irreversíveis nas eleições de 2024.
Diante a crise mais mil gestores de todo o país se reuniram em Brasília na última terça-feira (15) para discutir o corte na arrecadação e Reforma Tributária, o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), prefeito Quinho de Belo Campo, defendeu que a Confederação Nacional de Municípios (CNM), junto às associações municipalistas do Brasil, junto com suas bancadas estaduais solicitem do governo federal um Apoio Financeiro aos Municípios (AFM) de forma emergencial, a iniciativa tem o intuito de tentar reverter o momento de crise que os municípios vivem com oscilação de receitas, uma vez que o período de restituição do imposto de renda impactou o valor do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
O presidente da UPB justifica que a maioria dos municípios baianos são de pequeno porte, não possuem receita própria e dependem das transferências constitucionais, por conta disso vêm sofrendo há muito tempo e nos últimos meses tiveram o estrangulamento de suas receitas. “Nesse momento, eu sugiro um apoio financeiro do governo federal para minimizar o sofrimento dos municípios, haja vista, que já estão estrangulando. Os municípios menores são os que mais sofrem e não é de agora. Precisamos desse apoio para diminuir o sofrimento dos municípios e para que possamos sair do vermelho”, ressaltou o presidente Quinho.
Com o intuito de chamar a atenção para as dificuldades financeiras enfrentadas pelos municípios com oscilação no repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e previsão de queda para o mês de agosto, as prefeituras da Bahia decidiram acompanhar o movimento municipalista de outros cinco estados do Nordeste para promover uma grande paralisação no próximo dia 30 de agosto. Serão suspensas as atividades administrativas em forma de protesto e sensibilização, sendo mantidos serviços essenciais, como saúde e limpeza urbana.
A iniciativa é articulada pela União dos Municípios da Bahia (UPB) e as entidades municipalistas do Nordeste para alertar o Governo Federal, Congresso Nacional e a população para a situação financeira das prefeituras, sobretudo na Bahia onde cerca de 80% dos municípios são de pequeno porte, não possuem receita própria e dependem das transferências constitucionais da União.
Para a UPB, a estagnação do repasse do FPM diante do aumento de despesas, inflação, folha de pessoal e previdência, somada a desoneração do ICMS dos combustíveis, torna a situação insustentável, levando ao colapso financeiro. Para este mês de agosto, a previsão de fechar com o recurso 15% menor que no mesmo período do ano passado preocupa os gestores e levam ao protesto.
#SemFPMnaoda
Fonte: UPB, Agazeta Bahia e Cabralia Notícia
إرسال تعليق