Parlamentares Criticam Criação de Mais Um Ministério no Governo Lula: ‘Vergonhoso’

Senador Rogério Marinho (PL-RN): 'PT trabalha de a forma espúria e antirrepublicana na construção de maioria' | Foto: Pedro França/Agência Senado

 

Parlamentares da oposição criticaram a decisão do presidente Lula de criar mais um ministério — o 38º. Isso representa um aumento de 65% em relação às 23 pastas com as quais o ex-presidente Jair Bolsonaro encerrou o governo em 2022.

Lula fez o anúncio nesta terça-feira, 29, na live semanal. A criação do ministério tem objetivo de acomodar o centrão sem demitir aliados em outras pastas.

Líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN) criticou “a forma espúria e antirrepublicana que o PT trabalha na construção de maioria”. Trata-se de um projeto de poder, que penaliza a população, disse o senador.

Lula está na vice-liderança dos presidentes que mais tiveram ministros. Ele só perde para Dilma Rousseff, que teve 39 pastas. “Um recorde vergonho”, nas palavras do deputado Luiz Lima (PL-RJ).

O deputado Maurício Marcon (Podemos-RS) destacou o dispêndio ainda maior do governo para abrigar aliados. “Serão mais cargos, e mais gastos desnecessários, tudo isso para comprar apoio de parlamentares”, escreveu, no X (antigo Twitter). “É triste ver partidos que se diziam de oposição aceitarem essas migalhas para fazer parte do governo.”

Novo ministério do governo Lula é destinado ao centrão

Lula, durante a live desta terça-feira, 29 de agosto | Foto: Reprodução/Agência Brasil

O anúncio do novo ministério vem em meio à discussão sobre uma possível reforma ministerial e à negociação com o centrão. O governo pretende dar cargos ao Republicanos e ao PP. Nos bastidores, é dado como certo que os deputados Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-MA) vão assumir ministérios no governo Lula, embora as pastas não estejam definidas.

Ao anunciar a nova pasta, Lula não mencionou as tratativas com as duas legendas. Apesar do possível ingresso dos dois partidos no governo petista, os presidentes do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), classificam as legendas como de direita e afirmam que as siglas vão continuar independentes.

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