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| Vladimir Putin deve fazer anúncio em conferência agendada para novembro | Foto: Reprodução/Kremlin |
O presidente russo Vladimir Putin pode anunciar a decisão de disputar a reeleição no pleito marcado para 17 de março do ano que vem.
É o que noticiou o jornal Kommerssant, um dos mais respeitados da Rússia, nesta terça-feira, 3, citando fonte anônima próxima ao governo.
Oficiais suspeitam de que Putin faça o anúncio numa conferência que acontece no próximo mês, possibilitando que permaneça no poder ao menos até 2030.
Em setembro, Putin disse que faria um pronunciamento sobre seus planos somente depois de o parlamento convocar as eleições presidenciais. Por lei, o Congresso deve fazer isso em dezembro.
Dimitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que se Putin decidir concorrer, ninguém será capaz de competir com ele.
Embora o exercício da presidência esteja restrito a dois mandatos, Putin ganhou o direito de concorrer à reeleição ao abrigo das alterações constitucionais de 2020.
Putin e o poder
Antigo espião da KGB, Putin está no comando da Rússia, seja como presidente ou primeiro-ministro, desde a renúncia de Boris Iéltsin, em 1999.
Caso as suspeitas de que concorrerá a reeleição se confirmem, Putin equiparará seu tempo no poder ao de Josef Stalin.
Stalin permaneceu no comando da nação por 31 anos e detém o recorde de líder que mais tempo ocupou a posição desde a queda do czarismo.
Muitos diplomatas e oficiais especulam que o atual chefe do Kremlin, que completa 71 anos daqui a quatro dias, ficará no controle da Rússia até a sua morte.
Contexto da reeleição
Embora possa não enfrentar qualquer disputa por votos nas eleições do ano que vem, Putin está imerso num dos contextos mais desafiadores que qualquer líder russo precisou encarar desde que Mikhail Gorbachev desmembrou a União Soviética, há quatro décadas.
A guerra na Ucrânia é o maior confronto com os países ocidentais desde a crise dos mísseis cubanos de 1962 e produziu um grande choque na economia russa.
Além disso, em junho, um dos mais poderosos mercenários da Rússia, Yevgeny Prigozhin, realizou um motim, colocando tanques nas ruas do país.
Prigozhin morreu em um acidente de avião dois meses depois.
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