Presidente Lula desdenhou de relatório da OCDE sobre a economia brasileira | Foto: Divulgação/Canal Gov

 

Em editorial publicado na edição desta quarta-feira, 27, o jornal O Estado de S. Paulo criticou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva pelo descaso com o crescimento da dívida pública e pelo excesso de gastos. O episódio mais recente foi o desdém com o qual o presidente se referiu ao relatório bianual da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre a economia brasileira.

A organização advertiu que apesar de esforços para melhorar a arrecadação, como a reforma tributária, e a aprovação do arcabouço fiscal, a dívida pública mostra tendência de crescimento no governo petista e isso pode levar a uma situação “claramente insustentável”.

A dívida pública brasileira, que pode alcançar 90% do Produto Interno Bruto (PIB) em 20 anos, é maior que a de todas as economias emergentes. Com o descumprimento das metas fiscais, “desprezadas explicitamente por Lula”, como ressalta o Estadão, a dívida brasileira pode alcançar 100% do PIB em 2037.

Mas Lula, com sua mentalidade expansionista, diz o Estadão, fez pouco caso do alerta. Em sua live semanal, o petista se disse “muito irritado” com o relatório e criticou o que chamou de “palpite” da OCDE, reconhecida pela seriedade de seus estudos. Até mesmo os técnicos do Ministério da Fazenda elogiaram o relatório desdenhado por Lula. “Logo se vê que Lula e seu Ministério da Fazenda não estão falando a mesma língua”, afirma o jornal.

‘Governo Lula ainda deve muito no controle de gastos’, diz Estadão

Haddad gastos
Apesar de Lula, o Ministério da Fazenda, sob o comando de Fernando Haddad, tem feito esforços para reduzir dívida pública, segundo a OCDE | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O editorial lembra que o setor público gasta algo em torno de 40% do PIB, “um dos maiores patamares do planeta”, mas o governo petista só faz aumentar a máquina estatal desde janeiro. “Se com a reforma tributária houve avanços na coluna da arrecadação, o governo ainda deve muito no controle de gastos. Para não falar do mais perturbador: os sucessivos ataques lulopetistas à racionalidade do controle das contas públicas e a pregação ilusória e irresponsável de que gasto é vida”, critica o Estadão.

O jornal alerta que, com o não cumprimento de metas e o excesso de gastos, Lula “está construindo uma herança difícil para seu sucessor — que pode ser ele mesmo” e isso poderia impor “uma agenda fiscal pesadíssima por quatro anos” no próximo mandato.

Estadão conclui que o governo petista precisa “adotar políticas responsáveis e pensar em reformas estruturais” para conter o descontrole da dívida. “Mas, para tanto, o governo precisa conter o descontrole da sua mentalidade expansionista”, finaliza. 

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