O veículo destaca que serão usados R$ 40 milhões para as obras do museu, com previsão de conclusão para 2027 | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O jornal O Estado de São Paulo criticou a criação do “Museu da Democracia”, pois acredita que a iniciativa é uma tentativa “lulopetista” de apropriar-se 8 de janeiro e de converter a data em “louvor” ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Ocorre que estamos falando de um governo petista e de um DNA vocacionado a reescrever a história segundo a própria noção de memória, verdade e justiça”, argumentou o jornal em editorial publicado, neste sábado, 20. “Além da defesa do protagonismo de Lula da Silva na resistência contra os atos – ignorando-se o fato de que a democracia resistiu por um esforço coletivo das instituições nacionais contra delírios golpistas.”

O veículo destacou que serão usados R$ 40 milhões para as obras do museu, com previsão de conclusão para 2027. A sede será em Brasília. O jornal citou como exemplo de “mistura entre Estado e governo” o “Museu da Lava Jato”.

“O tal ‘Museu da Lava Jato’ ataca o ‘viés político’ da operação e menciona a ‘perseguição’ à esquerda, sobretudo ao PT”, continuou o Estadão. “Também reúne acervo jurídico e jornalístico sobre a operação, além de um núcleo de perseguição de lawfare, isto é, a manipulação de leis e procedimentos legais para perseguir adversários.”

O jornal destacou que o repositório digital abriga também o “Memorial da Democracia”, um museu virtual do Instituto Lula para o “o resgate da memória das lutas de nosso povo pela democracia, pela igualdade e pela justiça social”

“Na linha do tempo com que o projeto apresenta capítulos de ‘defesa da democracia’, vê-se que greves de sindicatos e ações do MST ocupam mais espaço que avanços institucionais”, argumentou o veículo.

Estadão compara Lula a Bolsonaro

Lula Bolsonaro
Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

Em um comparativo entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro, o jornal ressaltou ainda que foi buscando reescrever a história que Bolsonaro “patrocinou iniciativas destinadas a recontar o regime instaurado em 1964 e o papel dos militares”.

“O ex-capitão pregou a desconstrução da história e das instituições para dar legitimidade a seus delírios antidemocráticos”, finalizou. “Já Lula da Silva parece se empenhar em ser reconhecido como o maior brasileiro da história, de quem o País é devedor. De um jeito ou de outro, para líderes messiânicos como Lula e Bolsonaro, a história é sempre subsidiária de um projeto autoritário de poder.”

Oeste

Comentários

أحدث أقدم