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O presidente eleito do Panamá, José Raul Mulino, comemora com apoiadores após vencer as eleições presidenciais do Panamá na Cidade do Panamá em 5 de maio de 2024 |
José Raúl Mulino, um advogado de direita, foi eleito presidente do Panamá no domingo, prometendo adotar medidas para revitalizar a economia e acabar com a suposta "perseguição política" enfrentada pelo seu mentor, o ex-presidente Ricardo Martinelli.
Mulino, de 64 anos, conquistou 34% dos votos, superando o candidato de centro-direita Ricardo Lombana, que obteve 25%. A campanha de Mulino foi impulsionada pela popularidade de Martinelli, cuja candidatura foi invalidada devido a uma condenação por lavagem de dinheiro.
Em seu discurso de vitória, Mulino declarou o fim da perseguição política e da manipulação do sistema judiciário. Contudo, a maioria dos panamenhos acredita que Martinelli continuará influenciando nos bastidores a partir de 1º de julho.
Apesar das especulações, Mulino afirmou não ser um "fantoche" de ninguém. No entanto, analistas sugerem que ele poderia conceder um indulto ou salvo-conduto a Martinelli, alvo de acusações de corrupção e espionagem.
O novo presidente herda um país com desafios econômicos significativos, incluindo um déficit fiscal de 7,4% e uma dívida pública elevada. Apesar do crescimento econômico em 2023, estimativas apontam para uma desaceleração devido à seca e ao fechamento de uma mina de cobre.
Mulino prometeu enfrentar esses desafios sem hesitação, buscando retornar a um período de prosperidade econômica. No entanto, ele também enfrenta críticas por sua postura autoritária e por sua abordagem em relação à imprensa e ao sistema judiciário.
Além disso, a crise migratória na selva de Darién, onde Mulino prometeu reforçar as medidas de segurança para impedir o fluxo de migrantes, representará outro desafio significativo para o novo governo.
Apesar de seu estilo assertivo, Mulino afirmou que sua prioridade é trabalhar pelo bem do país, destacando sua determinação em enfrentar os desafios à frente.
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