A política em Rio Formoso, uma cidade do interior de Pernambuco, está em ebulição com o recente pedido de impugnação da candidatura de Berg de Hacker, feito pela coligação Unidos por Rio Formoso. Composta pelos partidos PP, Mobiliza, Federação Brasil da Esperança, PT, PCdoB e PV, a coligação, através do representante Sr. José Leandro Santos Silva, alegou que a candidatura de Berg configura uma tentativa de perpetuação familiar no poder, o que pode ser interpretado como um terceiro mandato consecutivo — algo proibido pela legislação eleitoral brasileira.

No centro da controvérsia está o vínculo familiar entre Berg de Hacker e a atual prefeita de Rio Formoso, Isabel de Hacker, que está no final de seu segundo mandato. A acusação de que Berg é irmão de criação de Isabel é fundamentada por diversas postagens nas redes sociais do próprio candidato, onde ele manifesta repetidamente seu afeto pela família Hacker, referindo-se aos pais de Isabel como seus próprios pais. As evidências apresentadas pela coligação incluem capturas de tela dessas postagens, que reforçam a tese de que Berg não é apenas um aliado político, mas um membro de fato da família Hacker.

Além disso, o pedido de impugnação se apoia em um estudo acadêmico que examina a concentração de poder político nas mãos de clãs familiares em municípios da Mata Sul pernambucana. O estudo menciona especificamente a família Hacker como um exemplo de dinastia política, destacando o fato de que membros da família já governaram três municípios da região simultaneamente. Essa concentração de poder levanta preocupações sobre a falta de alternância democrática em Rio Formoso e em outras cidades da região.

O fator que mais compromete a candidatura de Berg de Hacker é a escolha de seu nome de urna, que mantém o sobrenome "Hacker". Esse detalhe pode ser visto como uma tentativa de continuidade do mandato de Isabel de Hacker, o que seria uma violação direta das regras eleitorais que proíbem mais de dois mandatos consecutivos por membros de uma mesma família.

Nos círculos políticos, há uma crescente expectativa de que a Justiça Eleitoral acate o pedido de impugnação. Caso isso aconteça, será um golpe significativo para Berg de Hacker, que agora se vê ameaçado por uma possível decisão judicial que poderia barrar sua candidatura.

A situação em Rio Formoso é tensa, com eleitores e políticos locais aguardando ansiosamente o desenrolar desse processo que pode ter profundas implicações para a democracia na cidade. Se a candidatura de Berg de Hacker for realmente impugnada, será um marco na luta contra a perpetuação de clãs familiares no poder, colocando em xeque o futuro político da família Hacker e possivelmente abrindo espaço para uma nova liderança em Rio Formoso.



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