O cenário político do Cabo de Santo Agostinho está mergulhado em incertezas. Embora o ex-prefeito Lula Cabral tenha, matematicamente, alcançado a maior parte dos votos, com 46,74%, sua candidatura enfrenta complicações jurídicas que podem mudar o curso da eleição. Keko do Armazém, com 41,74% dos votos, pode ainda ser declarado o vencedor caso a justiça eleitoral determine a inelegibilidade de Lula Cabral antes da diplomação.
A situação é complexa. No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao consultar os resultados das eleições no Cabo, a candidatura de Lula Cabral aparece "anulada sub judice". Isso significa que, apesar dos números, ainda não há requisitos suficientes para atribuição do cargo de prefeito, uma vez que sua candidatura está sob revisão judicial.
O motivo dessa incerteza é a rejeição das contas de Lula Cabral de 2017, quando ele era prefeito. A Câmara Municipal do Cabo de Santo Agostinho desaprovou suas contas, e a Justiça considerou isso como base para decretar sua inelegibilidade. Agora, sua equipe jurídica está recorrendo dessa decisão, e a população aguarda o julgamento definitivo.
Se o julgamento for desfavorável a Lula Cabral antes da sua posse, o segundo colocado, Keko do Armazém, poderá ser diplomado como prefeito. No entanto, se o julgamento ocorrer após a posse e confirmar a condenação, o município poderá ter que enfrentar novas eleições suplementares.
Há uma janela de tempo para que tudo isso seja decidido: até janeiro de 2024. Se até lá não houver uma decisão judicial, o Cabo de Santo Agostinho poderá viver a tensão de uma nova eleição. Tudo está em jogo, e a incerteza paira sobre o futuro político do município.
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