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Javier Milei, presidente da Argentina, e Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, na Cúpula do G20, no Rio de Janeiro | Foto: Ricardo Stuckert/PR |
Em editorial publicado nesta segunda-feira, 2, o jornal O Estado de S. Paulo, comparou as medidas econômicas tomadas nos governos de Javier Milei, na Argentina, e Luiz Inácio Lula da Silva, no Brasil. O jornal concluiu que o argentino tem algo a ensinar ao brasileiro.
“A escala e a diversificação da economia brasileira não se comparam às da Argentina”, escreve o Estadão. “Também por isso, o ajuste fiscal de que o Brasil necessita teria magnitude bem menor e consequências muito mais brandas que as vivenciadas pela população do país vizinho.”
O economista liberal Javier Milei foi eleito no país vizinho no ano passado, com a promessa de ajustar a instável e decadente situação econômica da Argentina. Como o próprio Estadão define, esse ajuste fiscal é como um ”remédio amargo”, que, quanto mais se adia, mais amargo fica.
Estadão lembra medidas de Milei na Argentina

O jornal abre o texto com citações de medidas econômicas de Javier Milei. Lembrou que, no início, o liberal enfrentou a pressão do Congresso, mas, depois de recuar na briga com governadores, conseguiu aprovar seu pacote de reformas.
Jornal critica demora de Lula

Ao concluir que o processo não é indolor, o jornal ainda citou o aumento de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza na Argentina. “No primeiro semestre deste ano, nada menos que 15,7 milhões de pessoas viviam abaixo da linha de pobreza, ou 52,9% da população, de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec)”, informou.
“Desde o segundo semestre do ano passado, eram 12,3 milhões, o equivalente a 41,7% da população.” Apesar de ver sua popularidade diminuir, no começo de seu governo, Milei encara, agora, um aumento de apoio.
Depois de elencar os aspectos da economia e das mudanças na Argentina, o Estadão conclui que o Brasil tem uma escala muito maior e é muito mais diverso. “Neste momento, a Argentina ensina algo ao Brasil: quanto mais se adia o reequilíbrio fiscal, mais amargo é o remédio a ser adotado”, opinou o Estadão.
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