No Brasil, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é calculado com base no valor venal do veículo, aplicando-se uma alíquota que varia conforme o estado e o tipo de veículo. Por exemplo, em São Paulo, a alíquota para automóveis de passeio é de 4% . Isso significa que proprietários de veículos mais caros pagam valores significativamente maiores de IPVA.
Em contraste, nos Estados Unidos, não existe um imposto equivalente ao IPVA brasileiro. Lá, os proprietários de veículos pagam uma taxa de licenciamento anual, cujo valor varia de estado para estado e geralmente é calculado com base no peso do veículo. Dessa forma, caminhões e caminhonetes pagam mais, enquanto carros menores têm taxas mais baixas, em torno de 50 dólares. Além disso, o licenciamento já está incluso nesse valor, e não há a exigência de um seguro obrigatório .
Essa diferença na forma de tributação gera insatisfação entre os proprietários de veículos no Brasil, que se sentem sobrecarregados por impostos elevados, especialmente considerando as condições precárias de muitas vias públicas. A percepção é de que os valores pagos não se refletem em melhorias na infraestrutura viária, o que aumenta a sensação de injustiça tributária.
Além disso, nos Estados Unidos, o pagamento da taxa de licenciamento é feito no mês de aniversário do proprietário do veículo, distribuindo a arrecadação ao longo do ano. No Brasil, o pagamento do IPVA geralmente se concentra no início do ano, o que pode sobrecarregar financeiramente os contribuintes nesse período.
Para ilustrar a disparidade, considere um Jeep Renegade. Nos Estados Unidos, a renovação da placa pode custar cerca de 77 dólares . No Brasil, o IPVA para o mesmo modelo pode chegar a aproximadamente R$ 1.500,00 (cerca de 305 dólares na cotação atual).
Diante desse cenário, muitos brasileiros clamam por uma reforma no sistema de tributação veicular, buscando um modelo mais justo e proporcional, que leve em consideração fatores como o peso do veículo e o impacto ambiental, em vez de apenas o valor de mercado.
PE Notícia
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