Em mais um capítulo da crise de segurança que assola o Cabo de Santo Agostinho, o prefeito Lula Cabral (PSB) protagonizou um ato desesperado: foi até o Palácio do Campo das Princesas pedir socorro à governadora Raquel Lyra (PSD), como quem joga a toalha diante da violência que amedronta os moradores do município.

Apesar de tentar parecer ativo, Lula Cabral demonstra, na prática, que não consegue dar conta do recado. Em vez de apresentar soluções ou medidas concretas de sua gestão, o prefeito entregou um ofício pedindo a convocação da Força Nacional e a criação de uma força-tarefa estadual — praticamente admitindo que perdeu o controle da cidade. Uma atitude que levanta questionamentos: por que ele não se antecipou? Por que só agora corre atrás da governadora?

A reunião ocorreu na noite da quarta-feira (25), e, para surpresa de muitos, a governadora rebateu o alarmismo do prefeito com dados concretos. Segundo Raquel Lyra, houve uma queda de 14% nos homicídios em Pernambuco entre janeiro e 24 de junho de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado. O Cabo de Santo Agostinho, inclusive, registrou em 2023 a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes dos últimos oito anos, com índice de 63,5.

Mesmo diante desses números, Lula Cabral insiste em pintar um cenário de guerra e, ao invés de enfrentar de frente o problema com ações locais, prefere apontar o dedo e pedir reforço, como se nada pudesse ser feito por sua gestão. Fica evidente que o prefeito está tentando se esquivar de seu "dever de casa", como um aluno que não estudou e culpa o professor pela prova difícil.

É importante lembrar que o Artigo 144 da Constituição Federal é claro: a segurança pública é responsabilidade de todos — União, Estados e Municípios. Ou seja, o prefeito não pode simplesmente cruzar os braços e esperar que o Estado resolva tudo.

Enquanto Lula Cabral se ocupa em buscar culpados, a população do Cabo continua sofrendo com a violência, os assaltos, os homicídios e a sensação de abandono. Faltam ações efetivas, investimentos em segurança municipal, programas sociais preventivos e principalmente: liderança e coragem para governar com responsabilidade.

Fica o alerta: segurança não se faz apenas com pedidos no papel, mas com atitude no chão da cidade. O povo do Cabo precisa de mais que ofícios: precisa de compromisso. E é isso que está faltando à gestão Lula Cabral.

PE Notícia

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