Lula votou na eleição do PT no Rio de Janeiro - Reprodução/PT

 

Em um cenário curioso e que tem chamado atenção de analistas políticos, o Partido dos Trabalhadores (PT), conhecido por ser um dos principais defensores do sistema de urnas eletrônicas no Brasil, realizou neste domingo (6) sua eleição interna utilizando cédulas de papel e contagem manual.

O pleito, que ocorreu das 9h às 17h em todo o país, visa escolher os novos dirigentes do partido em níveis nacional, estadual e municipal. O resultado da votação, no entanto, só deve ser anunciado nesta segunda-feira (7), até às 14h, justamente por conta do processo manual de apuração.

Segundo informações divulgadas, o PT não obteve autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para utilizar urnas eletrônicas em sua eleição interna. A situação gerou comentários nas redes sociais e entre críticos, especialmente pelo fato de o partido ter integrantes em cargos estratégicos no governo federal, inclusive com influência em indicações ao próprio TSE.

Para alguns observadores, a questão levanta um debate sobre coerência e a confiança institucional nas tecnologias eleitorais. Embora o partido mantenha firme seu posicionamento a favor das urnas eletrônicas nas eleições oficiais, a escolha (ou necessidade) de utilizar métodos manuais em seu processo interno acaba contrastando com o discurso frequentemente adotado publicamente.

Vale lembrar que o PT integra a base do governo federal e tem tido protagonismo em diversas decisões políticas e institucionais. Ainda assim, no caso das eleições internas, a burocracia e os trâmites legais impediram o uso do mesmo sistema que o partido tanto defende para as eleições públicas.

O resultado final será divulgado após a apuração de milhares de votos em todo o Brasil, processo que, ao que tudo indica, demandará mais tempo justamente por ser realizado de forma tradicional.

PE Notícia

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