![]() |
Foto: João Barbosa |
O cenário da saúde pública no Cabo de Santo Agostinho tem gerado revolta e indignação entre os moradores. Diversas denúncias apontam a falta de medicamentos, materiais de curativo, fraldas, fórmulas nutricionais e até itens básicos para pacientes acamados e em estado de vulnerabilidade.
Em relatos emocionados, familiares de pessoas com deficiência e pacientes acamados expuseram a triste realidade. Um morador contou que o irmão precisou ser socorrido com quadro de desnutrição, já que não consegue se alimentar de forma adequada e depende de fórmula especial fornecida pelo programa Humaniza SUS. No entanto, desde janeiro o insumo não é entregue. “Quase vi meu irmão morrer hoje. Comprar essa fórmula é muito caro, custa quase um salário mínimo por mês e não dura nem 15 dias”, desabafou.
Outro depoimento relata que o Humaniza nunca tem o básico para atender a população: “Nunca tem leite, fraldas, fitas e lancetas para medir glicose. Sempre dizem que vai chegar, mas nunca chega nada”.
A situação se repete em diferentes lares do município. Uma moradora relatou que o pai, acamado e atrofiado, está em estado de desnutrição por não receber o leite e as fraldas prometidas. Além disso, ele sofre com escaras e precisa de materiais de curativo, que também não são fornecidos. “Meu pai está muito magro. Nunca conseguimos nada no Humaniza. Só conseguimos alguns materiais no posto de saúde e com a ajuda de vizinhos e pessoas solidárias”, contou.
Os relatos evidenciam a falta de acolhimento e de estrutura mínima para garantir qualidade de vida a pessoas que dependem do sistema público. A população cobra respostas urgentes da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho e soluções concretas para a crise que afeta os mais vulneráveis.
PE Notícia
Postar um comentário