![]() |
O governo polonês reforçou que não vai tolerar invasões territoriais e que permanece monitorando a escalada com atenção | Foto: Reprodução/Redes sociais |
Drones russos cruzaram a fronteira da Polônia na noite de terça-feira 9, acionando uma resposta imediata das Forças Armadas do país, que integra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
A Força Aérea do país acionou caças F-16 para conter a ameaça. Segundo a imprensa ucraniana, os militares poloneses derrubaram pelo menos dois drones, que se tornaram os primeiros alvos russos neutralizados diretamente por um país membro da aliança militar ocidental desde o início da invasão russa, em 2022.
A cidade de Rzézow, a cerca de 100 quilômetros da fronteira ucraniana, abriga um dos principais centros logísticos de distribuição de ajuda militar à Ucrânia. O aeroporto da região precisou ser fechado, e o tráfego aéreo foi interrompido por segurança.
Além da reação polonesa, a Otan mobilizou aeronaves de outros países. Um caça F-35 norte-americano, um avião-tanque holandês A330-MRTT e uma aeronave de vigilância da Itália sobrevoaram a região.
Os monitores aéreos ucranianos relataram que pelo menos 13 drones russos atravessaram a fronteira. O número é muito superior à média registrada em ataques anteriores, quando um ou dois aparelhos acabavam entrando no território vizinho durante ofensivas aéreas de grande porte.
Escalada bélica na região envolve também Eslováquia e Romênia
A movimentação dos drones russos levou à ativação de alertas também na Romênia e na Eslováquia, outras duas nações membro da Otan. Os dois países relataram breves violações de espaço aéreo, cenário que já ocorreu anteriormente, mas sem as proporções do episódio mais recente.
No domingo 7, a Rússia realizou o maior bombardeio da guerra, disparando 810 drones e 13 mísseis contra alvos ucranianos. Entre os atingidos, está um dos principais prédios do governo central em Kiev, onde funcionam ministérios.
O governo polonês reforçou que não vai tolerar invasões territoriais e que permanece monitorando a escalada com atenção. Historicamente, o país mantém uma postura dura em relação a Moscou — e não esquece a partilha de seu território entre Alemanha e União Soviética na Segunda Guerra Mundial.
Hoje, Varsóvia destina mais de 4% do seu Produto Interno Bruto à área de defesa, ultrapassando a meta atual da Otan, que é de 2%.
Ucrânia teme nova ofensiva aérea em larga escala
A tensão aumentou ainda mais com a movimentação de seis bombardeiros estratégicos Tu-95 e um Tu-160, aeronaves capazes de lançar mísseis de cruzeiro de longo alcance.
Navios equipados com lançadores de mísseis Kalibr ocuparam posições no Mar de Azov, possivelmente em preparação para ataques coordenados.
A intensificação das ofensivas ocorre em meio ao retorno de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos. O cenário abriu uma nova rodada de negociações diplomáticas. O presidente norte-americano se reuniu separadamente com Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, mas as conversas não avançaram.
Oeste
إرسال تعليق