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Os mais de 70 mil motoristas da Uber que operam no Reino Unido receberão, a partir desta quarta-feira (17), um salário mínimo, férias remuneradas e acesso automático a um sistema de previdência.

Todos os motoristas passarão a receber pelo menos o salário mínimo britânico, atualmente de 8,72 libras (R$ 68) por hora. A empresa americana perdeu uma batalha judicial iniciada em 2016 sobre a situação dos motoristas e, agora, deve classificá-los como “trabalhadores próprios”, e não como “autônomos”.

A decisão da Suprema Corte britânica concluiu, em fevereiro, que os trabalhadores da Uber devem ter acesso a todos os direitos trabalhistas básicos.

Jamie Heywood, gerente regional da Uber na Europa, afirmou que hoje é um “dia importante” para os motoristas no Reino Unido. Os sindicatos lembraram “foi preciso arrastar a Uber, que esperneava e gritava, para que fizesse a coisa certa”.

– Os motoristas sempre nos disseram que queriam a flexibilidade que fornecemos, mas também os benefícios, e tivemos dificuldade em encontrar uma maneira de juntar os dois de uma forma que funcionasse para nós e para eles – disse Heywood.

A decisão ainda determinou que a Uber pague uma indenização de até 12 mil libras (cerca de R$ 95 mil) a cada um de seus trabalhadores.

A partir de hoje, os motoristas também terão direito a férias com base em 12,07% do salário e estarão automaticamente inscritos no sistema de previdência privada compartilhado, com contribuições da empresa e dos motoristas.

Os trabalhadores continuarão tendo a liberdade de escolher se trabalham, quando e onde trabalham.

EFE

 

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