Foto: Fellipe Sampaio /STF

 

O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou as prisões domiciliares de Iraci Nagoshi, 72, e Vildete Guardia, 74, condenadas por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023. Ambas descumpriram repetidamente as regras do regime domiciliar, segundo monitoramento das tornozeleiras eletrônicas.

Iraci violou as condições da medida em ao menos 949 ocasiões somente em 2025, segundo dados da Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo (SAP-SP).

Os registros apontam saídas não autorizadas, perda de sinal de GPS e bateria descarregada do equipamento. Em 2 de junho, por exemplo, foram contabilizadas 40 infrações em um único dia.

Na decisão de 16 de julho, Moraes afirmou que Iraci demonstrou “desprezo pela pena imposta e pelo sistema jurídico”, e afirmou que ela descumpria as condições para realizar “atividades recreativas como musculação, hidroginástica e pilates”

A idosa, ex-professora de português, foi presa em flagrante no Palácio do Planalto e condenada a 14 anos de prisão.

A defesa de Iraci argumentou que os problemas foram técnicos e previamente comunicados à Justiça. 

Já Vildete Guardia teve a prisão domiciliar revogada em 7 de julho e foi levada de volta à penitenciária no dia 14. Monitoramentos apontaram violações em 20 datas distintas. Vildete havia sido beneficiada pela domiciliar por motivos de saúde, mas um laudo recente da penitenciária concluiu que ela poderia cumprir pena em regime fechado.

A defesa de Vildete não apresentou justificativas para as infrações. Os advogados alegaram que as falhas foram técnicas e que a manutenção da prisão domiciliar seria necessária por risco à saúde da ré. O recurso foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República.

As duas estão entre as sete pessoas com mais de 70 anos condenadas por envolvimento nos atos de 8 de janeiro.

O Antagonista

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