O Brasil vive tempos sombrios, onde a justiça tem dois pesos e duas medidas. Prova disso é o caso de Lucas, advogado e preso político do 8 de janeiro, que sofreu um verdadeiro espetáculo de humilhação diante de familiares e amigos no enterro de sua avó. Algemado, conduzido pelos braços e escoltado por um aparato policial armado como se fosse um criminoso de alta periculosidade, Lucas teve sua dor pessoal transformada em show de repressão.

Enquanto isso, assassinos, estupradores, pedófilos e corruptos de colarinho branco desfrutam de privilégios e regalias. Basta lembrar do caso de André do Rap, líder do PCC, colocado em liberdade pelo STF e até hoje foragido. Já os brasileiros que ousaram se manifestar contra o sistema, como Lucas, são tratados como inimigos do Estado.

A cena é simbólica: dezenas de policiais fortemente armados em um cemitério para vigiar um homem acusado de "atentar contra a democracia", enquanto traficantes e bandidos de verdade seguem soltos, aterrorizando a população. O recado é claro — o atual regime não combate o crime, persegue opositores.

Lucas não é traficante, não é assassino, não é estuprador. É um brasileiro comum que, em meio ao caos de 8 de janeiro, foi preso antes mesmo de chegar ao local. Agora, diante da perda da avó, viu sua dor se transformar em espetáculo de humilhação pública. A imagem não será esquecida. O autoritarismo avança, e a verdadeira justiça continua ausente.

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