José Antonio Kast, candidato de direita a presidente do Chile Foto: EFE/EPA/Zoltan Mathe

 

José Antonio Kast, do Partido Republicano, principal nome da direita na disputa pelo cargo de presidente do Chile, desponta com larga vantagem nas pesquisas para um eventual segundo turno no país sul-americano. O primeiro turno do pleito está marcado para acontecer no dia 16 de novembro, ou seja, em pouco mais de três meses. Caso ocorra uma segunda rodada, ela será realizada em 14 de dezembro.

A principal concorrente de Kast na corrida presidencial é Jeannette Jara, do Partido Comunista. No primeiro turno, os dois aparecem tecnicamente empatados, com um levantamento da consultoria Cadem apontando Jara com 31% das intenções de voto e Kast com 29%. No segundo turno, porém, o nome da direita venceria por 49% a 37%.

A diferença se explica pelo alinhamento previsto entre as forças de direita. Outros três candidatos do campo conservador — Evelyn Matthei (Chile Vamos), Johannes Maximilian Kaiser (Partido Nacional Libertário) e Franco Parisi (Partido do Povo) — não passam de 15% cada nas sondagens, mas a tendência é que eles apoiem Kast contra a esquerda.

Com um discurso de “tolerância zero” à imigração ilegal e defesa rígida da segurança pública, Kast se apresenta como aliado ideológico de líderes como Donald Trump e Javier Milei. O tema migratório é sensível no país: hoje, cerca de 670 mil venezuelanos vivem no Chile, representando mais de 40% da população estrangeira. Em 2002, eles eram menos de 5 mil.

Jara, por sua vez, tenta capitalizar o apoio de toda a coalizão governista do presidente Gabriel Boric e da Democracia Cristã, mas enfrenta a rejeição elevada ao atual governo e críticas ligadas à sua postura nos protestos de 2019, quando ela se colocou contra a polícia chilena. Como a maior parte da população atualmente defende uma política linha dura contra o crime, isso leva a uma perda de votos da esquerda.


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