João Campos e Pedro Campos — Foto: PSB/Divulgação

 

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) e o prefeito do Recife, João Campos, estão no centro de uma polêmica que expõe contradições e tentativas de manipular a opinião pública. A confusão surgiu após o voto do deputado federal Pedro Campos (PSB-PE), irmão do prefeito, a favor da PEC da Blindagem — proposta que condiciona prisões e abertura de processos criminais ao aval do Congresso. A medida foi aprovada com 344 votos favoráveis e 133 contrários.

Mesmo com a maioria da bancada do PSB votando a favor, João Campos correu para se posicionar contra a proposta somente depois da repercussão negativa e da enxurrada de críticas nas redes sociais. O prefeito afirmou não ter orientado os parlamentares e tentou se desvincular do desgaste político. Porém, o fato é que o líder da legenda na Câmara, Pedro Campos, admitiu em vídeo ter votado favoravelmente e justificou a decisão como uma “estratégia” para destravar pautas do governo federal.

A desculpa não convenceu. A sociedade percebeu a manobra como mais um exemplo de como o PSB e seus líderes tentam enganar a população, aprovando medidas que ferem a transparência e a moralidade, enquanto em público pregam o contrário. João Campos ainda tentou suavizar a crise, dizendo que “interveio de forma imediata” quando soube do texto que blindava presidentes de partidos. No entanto, a contradição já havia se espalhado.

O episódio reforça a desconfiança de parte do eleitorado em relação ao PSB, que, ao mesmo tempo em que fala em ética e renovação, age em Brasília para blindar políticos e enfraquecer a responsabilização de parlamentares. A distância entre discurso e prática ficou evidente, deixando claro que João Campos e seu partido precisam responder por essa incoerência.

PE Notícia

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