Uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) identificou sinais preocupantes em um contrato de R$ 11 milhões entre a Secretaria de Educação do estado e a empresa TRON Robótica Educacional, empresa associada ao influenciador Whindersson Nunes. 

O que aponta a auditoria

  • O valor originalmente contratado era de R$ 4,99 milhões, mas, por aditivos, subiu para R$ 11 milhões.

  • Foram pagos R$ 2,915 milhões por 15 mil kits pedagógicos, segundo o TCE. 

  • Em visitas a escolas da rede pública, fiscais constataram que muitos gestores relataram não ter recebido os kits físicos nem e-books, o que sugere pagamento por itens não entregues. 

  • Também há pagamento antecipado de quase R$ 950 mil por consultoria, antes da prestação dos serviços. 

  • O relatório técnico do TCE questiona a dispensa de licitação usada para fazer o contrato. Segundo os auditores, o estudo técnico que justificou a dispensa foi elaborado a partir de documentos da própria TRON, indicando possível direcionamento

Qual a relação do Whindersson com a empresa

  • Whindersson Nunes aparece publicamente como “sócio” da TRON em postagens e eventos. 

  • No entanto, no registro oficial da Receita Federal, ele não figura como sócio da TRON que assinou o contrato no Piauí. Em nota, a defesa dele afirma que ele é apenas “embaixador” da marca, por meio de um modelo “media for equity”, e que não participa da gestão operacional da empresa. 

Consequências e recomendações

  • A área técnica do TCE recomendou a responsabilização de pessoas da Secretaria de Educação, de fiscais do contrato e da própria TRON. 

  • O tribunal ressaltou risco de prejuízo para os cofres públicos caso os materiais nunca tenham sido entregues conforme previsto. 

  • A Secretaria de Educação do Piauí afirmou que prestará esclarecimentos quando formalmente notificada. 

Por que isso importa

Esse caso levanta debates importantes sobre transparência, controle de recursos públicos e participação de influenciadores em negócios que envolvem dinheiro do Estado. Se confirmado o superfaturamento ou a não entrega dos produtos, pode haver repercussões sérias, tanto para a empresa quanto para os gestores públicos.

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