María Corina em 1ª aparição pública em 11 meses, em Oslo - 11/12/2025 | Foto: Reprodução/X/@MariaCorinaYA

 

Depois de quase um ano sem aparecer em público, María Corina Machado, vencedora do Prêmio Nobel da Paz, reapareceu nesta quinta-feira, 11, em Oslo. Da sacada do hotel, ela cumprimentou apoiadores que entoavam “Libertad!”. Foi sua primeira aparição pública desde janeiro.

O Comitê Nobel confirmou sua chegada à Noruega logo depois da meia-noite, no horário local. A ativista divulgou um vídeo de sua interação com apoiadores na capital norueguesa.

Na cerimônia oficial de entrega do prêmio, realizada nesta quarta-feira, 10, Corina foi representada por sua filha, Ana Corina Sosa Machado. Em discurso, Ana Corina denunciou o “terrorismo de Estado” do governo de Nicolás Maduro e declarou: “É preciso lutar pela liberdade”.

Também estiveram presentes na solenidade a mãe de María Corina Machado e Edmundo González, candidato da oposição venezuelana declarado vencedor pela oposição, depois da constatação, por institutos independentes, de que o ditador Nicolás Maduro fraudou as eleições de julho de 2024.

María Corina estava afastada dos holofotes desde 9 de janeiro, quando foi detida depois de protestar contra a posse de Nicolás Maduro para o terceiro mandato consecutivo em Caracas.

Perseguida pela ditadura, Corina deixou a Venezuela de barco discretamente nesta semana, segundo reportagem do The Wall Street Journal. Ela não conseguiu chegar a tempo da premiação.

Nobel reconheceu trabalho de María Corina em prol da democracia

María Corina foi anunciada vencedora do Nobel da Paz em 10 de outubro. O comitê reconheceu “seu trabalho incansável em prol dos direitos democráticos do povo venezuelano e sua luta por uma transição justa e pacífica para a democracia”.

A líder venceu as primárias da oposição, mas foi impedida pelo governo de concorrer à Presidência. O Poder Judiciário da Venezuela, que atua em consórcio com a ditadura de Maduro, cassou os direitos políticos da ativista.

Edmundo González, diplomata aposentado, assumiu a candidatura no lugar dela. O período anterior às eleições de 28 de julho de 2024 ficou marcado por repressão, prisões e cassações de direitos políticos, além de denúncias de violações de direitos humanos. O Conselho Nacional Eleitoral, sob influência de aliados de Maduro, declarou a vitória do ditador.


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