Por: Welves Carlos
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| Foto: Tião Siqueira / JC Imagem |
Por estar em avançado estado de decomposição, o corpo de Dione só pode ser velado durante alguns minutos antes de ser enterrado. Ele foi encontrado, com possivelmente causadas por arma branca, nesta terça-feira (5), no Rio Tejipió, em Recife, após dias de procura.
O namorado da vítima e suspeito de ter cometido por crimes de feminicídio e ocultação de cadáver foi preso em flagrante nesta terça-feira (5) depois de se apresentar ao Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), localizado no bairro do Cordeiro, Zona Oeste da capital, acompanhado do advogado. O homem, que trabalha como mototaxista, deverá passar por audiência de custódia online durante a tarde desta quarta-feira (6).
As filhas de Dione, a mãe, o padrasto da manicure compareceram ao enterro. Muito abalada, a irmã de Dione relatou como dificuldades que a família vem passando desde o desaparecimento da vítima. "Está sendo difícil para toda família. Eu estou dopada desde o dia que recebi a notícia. Deus tem me sustentado, porque ela não merecia ser tratada brutalmente. Ele é um monstro. Ele estragou a nossa vida mas também estragou a vida dele. Eu. quero justiça ", afirmou.
O ex-marido da vítima também pediu por justiça. "Não temos nem palavras para falar porque o sofrimento é muito grande. Toda vez que falo penso em minhas filhas e peço que Deus conforte. Eu espero que ele pague pelo crime que cometeu, quero que seja julgado, mesmo, que fique um bom tempo na cadeia para ver que ele destruiu não só as minhas filhas, que eram muito apegadas a ela, destruiu a família da mãe dela e muitas outras famílias ", disse.
Confira fotos do velório da manicure:
A manicure Dione foi vista pela última vez às 22h do sábado (2), dia em que saiu da casa onde morava, no bairro de Monte Verde, em Jaboatão dos Guararapes, em direção à casa do namorado, na Imbiribeira, Zona Sul do Recife . De acordo com a família, o namorado da mulher teria ligado para um parente solicitando para socorrer Dione, que estaria ensanguentada. Ao chegar na Ponte Motocolombó, os critérios solicitados a parada do carro e em seguida ao jogado a vítima no rio. Ainda não se sabe se Dione foi jogada viva ou morta.
"Ele chegou aqui, bateu na janela e disse que a esposa estava passando mal. Eu imediatamente acordei, peguei o carro, coloquei na beira do portão. Ela estava deitada, com as costas pro chão, um pano branco coberto. Porque ele disse que ela teve um derrame, caiu, bateu a cabeça e ficou sangrando. Aí eu pensei que estava desmaiada ", explicou um parente do suspeito.
Segundo ele, após colocarem Dione no carro, o suspeito foi até a casa e pegou um balde com alguns lençóis sujos de sangue, e então os dois saíram em direção à Policlínica de Afogados. "Quando chegou ali na ponte ele falou 'para o carro aí, pô', eu questionei 'pra quê parar?' e ele disse que era pra jogar os panos com sangue. Aí eu parei, mas com medo dele estar com alguma arma ali, alguma coisa. Ele realmente jogou o balde, mas depois abriu a porta de trás do carro e pediu ajuda pra pegar ela ", conta a testemunha. "Eu falei que o hospital estava bem pertinho, falei 'vamos levar pro hospital, por favor', aí ele mesmo pegou ela e jogou dentro da maré. Eu fiquei totalmente paralisado", revelou a testemunha, bastante abalada, em entrevista à Rádio Jornal.
JC
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